Foi impressionante tudo o que me aconteceu neste último ano, tendo como mola propulsora o reaproveitamento e reciclagem de materiais que seriam descartados no lixo.
Após o encerramento de minhas atividades empresariais, me vi indecisa no que iria trabalhar para me sentir feliz, produtiva e útil à sociedade.
Brincando de reciclagem com meus netos, descobri minha nova vocação e me afastei de uma depressão que insistentemente queria bater a minha porta. Fiz inúmeros produtos reciclados, escrevi os livros A PRIMEIRA AVENTURA DE JÔ E PETITA, história infantil sobre reciclagem, cujas ilustrações foram feitas por meu sobrinho Rafael Rabelo Olmos, e RECICLAR E BRINCAR, onde relato minha experiência sobre o tema, e tendo como apoio fundamental a consultoria da Casa do Escritor, de Eldes Saullo, especializada em serviços editoriais para autores independentes, e que tive conhecimento através de uma reportagem da revista VEJA, a qual agradeço imensamente porque chegou na hora em que eu mais precisava, como uma luz no fim do túnel.
Elaborei o projeto social “ Jô e Petita” e atualmente trabalho como parceira e voluntária da ONG CASA DA ESPERANÇA, em Jaboatão/PE, que atende crianças carentes. Pretendo expandir esse projeto para várias instituições públicas e privadas e me aliar a outros projetos existentes no Brasil e no exterior, que tenham como foco a Sustentabilidade.
Nunca tive habilidades manuais, nem dons artísticos, mas com boa vontade consegui superar a falta de experiência e copiar e criar vários produtos reciclados. Creio que a imperfeição de alguns deles foi compensada pelo amor, trabalho e dedicação a essa causa tão necessária à natureza.
Algumas pessoas me sugeriram que eu assinasse meus quadros reciclados e eu as perguntei: Para que? Para passar uma falsa idéia de que eles não deverão ser copiados?
Em se tratando da reutilização desses materiais, quanto mais cópias, melhor! É mais inteligente reduzirmos o nosso lixo e descarta-lo nas formas e locais adequados, já que o Brasil só recicla 3% do lixo plástico que produz, ficando muito abaixo da média mundial de 9%.
Laura Veras